domingo, 3 de junho de 2012


Aos viciados

Óh Povo do Oriente! Vós que fostes escravizados e perseguidos, ajuda-nos a nos libertarmos de nossas amarras cármicas, curando nossas feridas, sanando nossas dificuldades com o sorriso fraterno do amanhã.
Hoje meus irmãos, pretendo voz falar dos vícios mais cruéis que assolam a humanidade: as drogas, sejam elas lícitas ou ilícitas pela lei do homem, porque para lei de Deus, tudo que transgredir, ou violar o templo sagrado do homem, que sabemos que é o envoltório carmico, a carne, não faz parte da lei de Deus. E nós da fraternidade Umbandista, sofremos com a dilaceração provocada pelas drogas, que o ser humano insiste em até mesmo adorar como se fossem deuses a perverter a criação divina, do verdadeiramente adorado Pai Onipresente, Onisciente, e Onipotente em nossas vidas.  Também sofremos junto, com as famílias maculadas, destruídas, doentes em função das drogas.
Caros irmãos, quero dedicar essas palavras ao sofrimento velado, de tantas mães, pais, irmãos entre outros parentesco que sofrem o martírio de ter um viciado ou viciada em suas famílias ou conhecidos, porque infelizmente pessoal, todos nós sabemos de conhecidos que passam o passaram por essa mazela, logo, essa pandemia está perto de todos nós, e ,não podemos fechar os olhos para a peste mais avassaladora que a humanidade vive, que são as drogas.
As pessoas vão construindo seus valores de forma muito individual, tornando o ser humano, solitário na jornada terrena, instigando um abismo muito grande entre suas emoções e as relações construídas com seus afetivos da vida presente. O grande mau do ser humano é mergulhar na profunda tristeza, cuja depressão habita e toma um rumo externo, acentuando nos corações enfermos um vazio não preenchido, uma lacuna sem fim que assombra os espíritos que buscam o preenchimento desses espaços frios e sombrios que dão margem a violência do corpo e da alma provocada pela droga.
A busca constante pela morte, pelo suicídio, na verdade é uma busca enraizada pela fé, pois o espírito necessita de amor, necessita da incondicionalidade que a reeligação a Deus pode proporcionar. Um espírito que possui diversas carências, é um espírito que precisa de Deus, precisa de valores que o conduzam nessa vida carmica. Porque todos nós temos uma missão, e quando não se encontra sentido para essa missão, precisamos de Deus na nossa vida, precisamos dessas falanges iluminadas que nos conduzem a proposta de origem, que é resgatar nossos erros, nossos sofrimentos do passado. E é nessa perspectiva que a Umbanda trabalha. Disciplinar seus discípulos na oração diária, para não deixar que seus filhos, se deixem envolver pelo magnetismo da obscura falange de viciados que escravizam e ludibriam irmãos obsedados pelos vícios.
Para querer ser ajudado é preciso ter consciência, consciência do submundo o qual estão entrando, ter consciência dos flagelos que estão cometendo, ter consciência das obsessões que estão se submetendo, entre outras entrâncias que envolvem a doença química que a droga provoca, tanto no corpo quanto na alma.
Portanto meus irmãos esse é o momento de pedirmos em oração, a todos os irmãos que desencarnaram em função de suicídios, é hora de pedirmos glória a Deus e paz na terra aos encarnados obsedados pelas drogas. Pois por mais pecador que seja um viciado, este é um ser de luz, é um filho de Deus, os quais dedicamos as nossas emanações para que se libertem dos seus sacrifícios em busca de amor, e possam unir-se a nós, como um só em forma pensamento em oferenda a Deus. Esse é o momento de termos coragem para mudarmos o nosso interior abdicando de raivas, orgulhos, egoísmos entre outros sentimentos, para deixar que a alegria de viver tome conta de cada um de nós aqui presente, para que nossos irmão de luzes possam realinhar nossos chácaras , a fim de dar coragem para lutar pelos seus objetivos.
Deixem que a dança cigana, a dança dos orixás da Umbanda, não permita que os sentimentos mundanos, as atitudes menos elevadas permaneça por muito tempo no seu dia a dia, se deixem levar pelas correntes do rio, que não enraízam num lugar fixo.  
Vamos juntos aprender com a magia cigana, a transmutar tudo que há de ruim, para preenchermos os espaços vazios com todo amor, o amor de Nossa Senhora Aparecida, De Nossa Mamãe Oxum, de Santa Sara Kali. Pois hoje suas lágrimas não rolam mais, hoje o sorriso e a alegria de viver, o festejo ao Padre Nuestro vai contagiar a todas as famílias aliviando as tristezas e promovendo a União das famílias que vem a esse Templo em busca de consolo!!
Opacha Baba!!

sexta-feira, 4 de maio de 2012


COMO TUDO ACONTECEU LÁ EM CIMA PARA FALANGEIROS DE YORIMÁ

                     - Vamos falar da Umbanda agora nega: "Essa magia linda, essa conquista gloriosa que Zambi nos confiou, que nós, vossos ancestrais, lutamos tanto para que esse espaço na Aruanda fosse consagrado. A Umbanda é o estandarte de ouro, o qual levantamos como simbolo da libertação do período a que muito espíritos enraizados pela terra passaram. Falo da escravidão do espirito, escravidão da alma, escravidão de toda ordem, onde o atraso mental dos espíritos humanos imbuído de vícios, com ódio, inveja, obsessões entre outros que se expressão na ingratidão ao Pai Maior Onipresente,.
                   - Muitos de nós perambulávamos nos campos santos, nos terreiros de candomblé, em busca de saber qual o nosso lugar, já que não tinha colheita, já que não tinha quilombo, e assim seguíamos de lugares em lugares sempre perto dos nossos entes queridos, percebemos então, que passávamos muito tempo,  assombrando nossos   familiares, obsediando eles, mesmo que com carinho (risos) até que chegou o momento de nos reunirmos em grupos para  procurar pelo resgate do sagrado  dentro de nós mesmos, pois nossa essência sagrada havia se perdido com o egoísmo e os vícios da humanidade. 
                 - Ajoelhamos e pedimos em oração para que Zambi atendesse nosso pedido, e atendeu! (risos, muitos risos) Juntamos nossa experiencia com as ervas, com os matos, com a vida na terra e passamos a ajudar os vivos. Foi ai que os Mestres Ancestrais Anciãos nos acolheram, e ajudaram com ensinamentos a aperfeiçoar a magia da cura medicinal. Trabalhamos tanto, que os vivos melhoravam seu espirito, irradiavam mais luzes e faziam o passamento, "vixe", em grandes quantidades... minha mãe.   
            - Nossos amados Mestre Anciãos, nos separavam conforme nosso conhecimento, e organizaram escolas de aperfeiçoamentos de técnicas, porque muitos espíritos desencarnados permaneciam com suas moléstias, e precisávamos atende -los com curas magnéticas nos seu corpos espirituais, tanto para os vindo de passamentos, quanto os que voltavam ao planeta pelo processo de encarne, o qual contribuíamos.
               - A labuta era tanta que não tinha um espaço organizado para desencarnantes, que estavam sobre a nossa égide, foi assim que foi concedido um grande plasma elaborado por várias formas pensamentos da falange que se formou de pretos velhos, trabalhadores da ceara de Zambi; e o nosso espaço foi consumado, um território de trabalho na aruanda, pois muitos morriam e  perambulavam pelos campos santos. Foram criados hospitais de recuperação, e escolas de aprendizagens que nós passamos a dar aulas aos que chegavam para trabalhar mais tarde.                             - No plano cósmico foi retirada as essências para tratar e educar os espíritos, e com o passar do tempo a renovação impulsionou uma grande falange de pretos e pretas velhas a  baixarem nos terreiros de Umbanda afim de expandir o trabalha, mas com o reconhecimento de uma cultura milenar que a nossa magia sagrada irradia pelas esferas espirituais. Com o reencarne, daqueles que já haviam cumprido com seu papel aqui na Aruanda, nós que ficávamos acompanhávamos todo seu trajeto para que em algum momento, acendesse a lembrança de sua vida em espirito e dessa forma passasse a cumprir com a lei Karmica de ser um médium Umbandista.  
 Esse texto, foi ditado por um preto velho, muito querido e com muita vontade de comer pé-de-moleque.
Não disse seu nome, não sei bem se era o Vô Jerônimo, mas acho que sim. 
De qualquer forma muito obrigada Vô, Muito obrigada Deus,
Os ensinamentos do alto, faz com que a gente se reconheça. 
Faz com que a gente ame mais ainda nossa Umbanda !!!
Axé a todos!!!!
Luana 

segunda-feira, 23 de abril de 2012



Oração de Ogum
Peço a Deus e as glorias de Ogum, que venham emanar nos nossos espíritos toda força necessária frente às lutas a serem enfrentadas no nosso cotidiano.
Que vençamos os nossos próprios Dragões, sem medo, mas com fé e confiança em Deus, pois ele é o pai misericordioso que nos ampara com a lei divina.
Homenagear Ogum é falar dessa potência de Zambi, que nos impulsiona a essa força de vontade.
Mas o que é essa força de vontade?
Para responder a essa pergunta precisamos entender que atuam nosso interior, os sete orixás e ogum, além de reger o quarto Raio, ou seja, nos leva diretamente ao confronto com os problemas que nos desequilibram, para que assim possamos superá-los, a fim de chegarmos à harmonia interior. Ogum representa o nosso chakra umbilical, a nossa própria emanação de generosidade; representa o nosso sangue no corpo denso, seu elemento é o ferro.
Sendo assim,quando estamos anêmicos, cansados, dormindo muito, sem vontade de vencermos nas nossas batalhas cármicas, de nos regenerarmos, com o ciclo de pessoas que nos envolve (família, amigos, Trabalho, amor...). Pois esse é o motivo, pelo qual estagiamos no planeta.
Entendemos dentro dos ensinamentos da Umbanda, que está faltando ogum dentro de nós! Está faltando à emanação dessa energia de lei, de movimento, aeólico (do ar) dentro de você. Está faltando ferro no seu sangue em caso de anemia, está faltando à força de vontade de sacudir a poeira e mudar. Porém, o excesso dessa energia nos leva a intransigência, a ignorância, ou seja, quando as nossas certezas nos leva a sermos duros de mais com quem nos cercam, ocasionando o erro.
Portanto, é necessário que ativemos dentro de nós, a brandura de Yemanjá que da forma a vibração de Ogum Beira Mar. O amor de ogum vibrado em Ogum Yara. O conhecimento rompendo com a estagnação mental, Oxossi, emanado em Ogum Rompe Mato. Devemos ativa a fé, pois é a vibração de Oxalá em Ogum Matinata. A pureza das crianças, no Arerê de Ogum. Ativar a justiça de Xangô e Iansã, vibrando em Ogum de Malê. E por ultimo, ativar as duas forças de Ogum, a aplicação da lei divina, pela vibração de Ogum de Lei.
Todas essas forças atuam em comunhão, abrindo nossos caminhos, com suas lanças e com suas espadas. Para vencer demandas, antes de Ogum apenas Exu, pois assim, como Ogum abre caminhos mostrando horizontes para que tenhamos coragem, e força de vontade para agir. Exu Tranca Ruas, sobre a égide de Ogum, tranca os caminhos da inferioridade não deixando que essas forças ocultas nos alcancem.
Para finalizar, tenham fé acreditem em Jesus que vos fala: “FAZES POR TI QUE EU TE AJUDAREI”. Pois o verdadeiro milagre está dentro de nós mesmos. E deixem que essa energia irradiada por Ogum, tome conta de vocês, dando a força necessária para que cada um possa mudar as vidas com suas próprias ações.
Oração a Ogum
Deus adiante paz e guia
Encomendo-me a Deus e a virgem Maria minha mãe.
Os doze apóstolos meus irmãos
Andarei neste dia e nesta noite
Com meu corpo cercado vigiado e protegido
Pelas as armas de são Jorge
São Jorge sentou praça na cavalaria
Eu estou feliz porque eu também sou da sua companhia
Eu estou vestido com as roupas e as armas de Jorge
Para que meus inimigos tendo pés não me alcancem
Tendo mãos não me peguem não me toquem
Tendo olhos não me enxerguem
E nem pensamento eles possam ter para me fazerem mal
Armas de fogo o meu corpo não alcançará
Facas e lanças se quebrem sem o meu corpo tocar
Cordas e correntes se arrebentem sem o meu corpo amarrar
Pois eu estou vestido com as roupas e as armas de Jorge
Jorge é da Capadócia.
Salve Jorge!

segunda-feira, 16 de abril de 2012


Um capítulo sobre a mediunidade
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                Os médiuns Umbandistas normalmente são imbuídos de um grande encargo karmico em suas vidas, pois a busca pelo êxito no resgate familiar começa na superação do reencarne, ali os corpos espirituais do médium Umbandista são preparados para lidar com todos os tipos de energia, sejam elas do submundo, sejam elas do plano terrestre, ou de fontes naturais englobando as mais sutis de planos espirituais mais elevados. Ao renascer, o médium umbandista aceita a lei do véu do esquecimento, a fim de tornar menos pesada a tarefa a qual se propunha a realizar na terra, porém como faz parte da nossa tradição ancestral conforme nos religamos ao oceano do sub-inconsciente, despertamos lembranças que nos conectam com a nossa natureza hereditária, com a nossa descendência atlante. Pois, esse período teve extrema importância para que movimentássemos a magia natural, criadora de todas as coisas, o período de Atlântida demarcou a era da sapiência, onde a luz do cosmo unia os pequenos focos de luzes que queriam raiar pela face do planeta terra. Essa carga genética, muitos de nós terrícolas possuímos, muitos de nós despertamos essa essência que de maneira um tanto rudimentar, pelos carmas acumulados vão se desvelando nos processos incorporativos das giras de Umbanda.
                Portanto, eis que é desenvolvida a energia, que por processos graduais esse médium vai desenvolvendo, uns mais de pressa, outros no seu tempo, mas por lei natural vai desenvolvendo, e quanto mais se pratica, mais se chega a uma compreensão qualitativa de amor universal.  Mas como se sabe, Jesus nos elucida quando diz que quanto mais saibamos, quanto mais desenvolvemos esses dons formidáveis, em busca de ajudar ao próximo, para um fim de amor e equilíbrio do que no alto é chamado de sistema corpório, mais seremos cobrados irmãozinhos. Mais teremos que ter responsabilidade com nossas ações, nossos pensamentos, com o verbo e a hora é agora de aprender, e não apenas de assimilar, mas aprender como evoluir moralmente, logo, faço um apelo as mamães tristonhas umbandistas que tem o carma de resguardar pelos seus filhos, adoentados, acamados, viciados, flexíveis a má conduta, a essas mamães peço que deixem Jesus entrarem em seu lares. Deixem que a Luz do evangelho preencha os seus corações, de amor, fé e esperança. Assim como o som dos atabaques, que contaminam de emoção os corações dos umbandistas, deixem que a voz elevada do verbo bem dito, com as palavras de Jesus, soem como um canto alegre e vivo aos Orixás.
                A emoção de fazer parte da Umbanda é comungar com a família a oração, o alimento da alma, e assim permitindo que a segurança de uma alma que crê em Deus o torne um ser de luz. Pois existe mazelas que permitem que médiuns assumam uma regeneração tão árdua, como a de ser umbandista. Arcar com as dificuldades de sua própria vida, que sabemos que não é fácil, pois a quanto tempo irmãozinho tu não vens pelejando pela estrada da vida, contra os teus próprios pecados, diminuindo suas desvantagens quando se está a prova, quantas batalhas são perdidas, porém quantas são ganhas. A personalidade humana evoluiu de acordo com sua espécie, muitas vezes entra em declínio porque se perde do objetivo primordial. Como se não fosse tudo, o médium Umbandista ainda tem que lidar com a sensibilidade, das cargas energéticas as quais está exposto, pois são muitas, incontáveis, a forma pensamento pode derrubar uma pessoa, fragilizada pelo assédio de influências sugadoras. Mas qual o propósito de tudo isso? Encontrar-se, buscar ter sabedoria para solucionar seus enfrentamentos, desvincular o seu espírito das amarras obsessoras.  A obsessão tem muitas faces, porém uma mediação pode ajudar a entender qual processo que o seu mental está inserido, esse é o papel dos amados mestres que orientam a nossa jornada aqui na terra. O médium umbandista tem muitos encargos, muitas pedreiras para quebrar e nem sempre é vencedor de suas lutas.          Entretanto, a percepção humana, limitada, tem por vício fazer julgamentos que não cabe a ousadia dos olhos humanos, e sim a Deus, que Onipresente, Onipotente, Onisciente, e que sabe muito bem de erros e acertos de seus filhos e que de maneira nenhuma intitula fiscais umbandistas sondadores da vida alheia, para um veredicto material. Se fosse assim não trataríamos de espírito na umbanda. Mas é da competência umbandista apurar o que é mais justo, sendo assim, se Zambi dá costas largas, para o médium umbandista aprender a lidar com suas dificuldades sejam elas do espírito ou da matéria e ainda confortar a quem precisa, não é a treva que vai imperar na ordem divina. Filho de Umbanda tomba, mas não cai.
                Para terminar essa pequena reflexão, a sensibilidade permitida pelas correntes elétricas formadas pelo próprio ser; funciona como um pólo atrativo que se expande dependendo da intensidade da forma mental que é emanada ao espaço, essa energia é refletida no mesmo local de origem atraindo espíritos afins a conexão plasmada. Sim, somos imãs que atraem pólos que completam as lacunas energéticas que formam o nosso perespírito. Essas lacunas podem ser completadas por parasitas, miasmas, espíritos inferiores, que vivem em simbiose, ou pela elevação, por fios fluídicos que esplandecem de seu coração permitindo a aproximação da fraternidade espiritual de te acolhe que te orienta. Nessa perspectiva, rogo a todos os leitores dessa meditação para que limpem seu sistema mental, sejam indulgentes consigo e para com o outro, para que no seu templo sagrado, corpo material, reine paz, e tranqüilidade e saúde.
Paz a todos!!!!    

quinta-feira, 12 de abril de 2012



Um Conto de Aruanda

Nos tempos de escravatura, nego veio senta sob o véu da estrela Dalva,

Era sempre a que brilhava mais.

Enchia os olhos do negro de água, a cada lágrima que rolava na face do negro seu coração transbordava de amor e felicidade.

Estarrecido com o brilho da estrela o preto não prestava atenção em nada.
Então percebeu que uma pequena mãozinha puxava-lhe o pano que vestia seu corpo.
O pai velho baixou os olhos e era o rebento de Cristo, era Doum que lhe perguntava:
- Meu pai está chorando de tristeza por conta do cativeiro
- Não Doum é choro de alegria!
Mas Doum não conseguia compreender como alguém poderia chorar de alegria.
Então, o preto pegou o dedinho de Doum e levou a sua face ao encontro da lágrima, pedindo a Doum que experimentasse o sabor de sua lágrima
Doum notou que a lágrima tinha gotas que não eram salgadas, as lágrimas eram doces. Doum começou a dar risadinhas e com seus olhos luminosos quis saber como o preto tinha transformado as lagrimas salgadas em doces. E o preto com sua ternura lhe responderam:
- Olhe para o céu Doum, e diga o que vê
- Vejo que o céu ilumina o cativeiro meu pai
- Este céu estrelado Doum, é o véu da grande mãe, que aquece os filhos ao adormecerem.
A estrela que mais brilha no céu, é a estrela Dalva ela vela pelo grande cativeiro planetário, orienta as nossas noites para que tenhamos sempre a vista à luz para depositarmos nossa fé.
O preto velho olha para Doum e percebe que ele estava chorando e diz:
- Ta chorando cangarequinho
-To sim preto, só que as minhas lágrimas são doces.
Pois estou feliz, antes não tinha mãe para me cobrir,
Minha mãe morreu quando nasci, mas agora, já posso ir descansado dormir porque tenho este manto estrelado.
Luana PortoSilveira

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Uma pequena homenagem aos meus irmãos!!!

Homenagem a atitudes de fé
                Hoje eu quero falar de garra, de sonho, de realização é o que vem acontecendo nosso centro de Umbanda, estamos dia após dia fazendo história. Uma história com pureza de sentimentos, construída com muita fé, muito amor a uma cultura milenar que nos abraça com louvor quando reflete a luz Divinal que fortalece os nossos espíritos. Disse uma vez, Edmundo Porto, que havia percebido que nas consultas do velho Cipriano, ele sentia a falta de fé nas pessoas e que isso entristecia esse espírito que tanto o ensinou sobre o amor, sobre  compaixão, sabedoria entre tantas outras virtudes, cujo enobreceram seu espírito. A cada consulta, com consulentes devotos da Umbanda, esse preto velho humildemente pedia a esses queridos irmãos terráqueos que fizesse 7 minutos com Deus. Achando estranho sempre o mesmo pedido, o médium compreendeu que se tratava de uma bandeira que pacificava o espírito, o coração da gente sofrida que muitas vezes o procurava. Desde então, a cúpula magnética de cura, espíritos que compunha sua corrente passaram a aderir esta iniciativa, que ensinava a partir desses 7 minutos a comunhão com Zambi. A fortaleza da fé, ensina-nos a ter esperança, a ter a virtude da crença e é nesses 7 minutinhos que temos a boa vontade de procurar um centro de Umbanda. É nesses 7 minutos que nos integramos a uma egregora que nos acolhe por motivos de vidas passadas, e é nesses 7 minutos que nasce uma fortaleza que desconhecemos; a força de sermos luzes, luzes de Zambi, irmãos amados e que amam e que fazem parte de um só corpo, uma só carne, uma só vida, a vida de Deus.
                Essa bandeira que levantamos deu força a cada um, que superara seus limites, a cada um que deu seu amor, sobre tudo esforço e estão dando vida a uma nova passagem de nossas vidas. Pessoas, que na simplicidade de vassouras, pás, carrinho de mão, concreto, vigas e etc., estão se reconhecendo se descobrindo, aprendendo e reaprendendo uns com os outros como uma verdadeira família que possuem suas pluralidades  as quais devem existir para o crescimento de cada um, com erros e acertos, mas acima de tudo com RESPEITO, com união, com amadurecimento de compreender a importância de ser levantado e melhorado o templo material do Centro de Umbanda Cacique Urubatã e São Cipriano.
                Parabenizo a todos, que de alguma forma contribuem para essa empreitada, louvo o esforço e o trabalho daqueles que estão se dedicando fielmente, pois se aqui falo de fundamento, eis o fundamento mais importante ensinado pelo Pai Urubatã: TRABALHO, a servidão ao pai maior vai além da boa vontade, vai além do carinho, vai além das provações que passam despercebidamente. Essa virtude demonstra a raça do espírito em querer fazer seus dez por cento, cujo se programou em vida para realizar. Refiro-me aqui em fazer a caridade, despertando o amor divinal, cristalino que compões os nossos corpos espirituais. Se nesta religião falamos em oferendas, a maior de todas as oferendas é praticar o sentimento despertado é comungar com seus irmãos a pureza do bem coletivo e penso que entender a necessidade do outro é fazer acontecer como está sendo feito. Outro fundamento, ensinado por nosso ilustre Xangô Kao é: VERDADE, ser verdadeiro não basta viver de aparências, ou parafraseando nosso amado Mestre: “Não basta bater no peito dizendo eu sou Umbandista” é preciso praticar a Umbanda é preciso ter coragem para ser umbandista nos seus próprios atos, que requer vigia resignação, pensar de forma progressista e agir da mesma forma.
                Para finalizar, outro fundamento da nossa casa de caridade é: HUMILDADE, novamente vou citar nego veio Cipriano, que estudou muito alquimia, tornou-se um mago consagrado, um homem rico de todas as formas materiais que conhecemos, e que em vida abdicou de tudo, para construir igrejas, e varrê-las, entre outros trabalhos físicos e espirituais o qual lhe era requisitado. Quantos não deixaram suas vidas particulares, suas luxúrias, suas avarezas, preguiças entre outras coisas para estarem aos finais de semana lutando com toda sua potência para realizar um sonho coletivo de toda comunidade que compõe a alegria de viver a Umbanda. Portanto, aqui deixo marcada minha grande homenagem aos meus irmãos de corrente que amo, e aos luminares que juntamente a nós fortalecem, irradia essa emanação energética que equilibra nossos espíritos.
                Saravá Aruanda, Axé, Colofé, Macuiu que o Deus que habita em mim habite em toda humanidade.